Natal: Um turbilhão de emoções!

 Texto: Amélia Dolores Berti

Natal, festa de luz, alegria, um brinde à vida e ao renascer. Ao nível de emoções, ambíguo, com pitadas de nostalgia, tristeza e para muitos, depressão. Por quê?
Presenciar o nascer nos remete à potencia que se torna ato, à semente que floresce, ao sol que aparece e brilha, ao sonho realizado, à inspiração em obra, enfim, o big bang existencial. A alegria é inerente a esse acontecer.
A par desta festa, os sentimentos melancólicos também se tornam presentes. Penso que é uma data que vasculha nossas profundezas e nos leva a questionar nosso ser no mundo: De uma forma ou da outra passam em nossa mente flashes que se acendem e apagam, coloridos ou não (como as luzinhas que piscam na árvore de Natal) e que trazem lembranças do lá então, reforçadas pelos cânticos natalinos que avivam nossa memória.
Então lembramos de uma forma nebulosa de nossos Natais em família, nossa infância, nossa adultez e até daquilo que gostaríamos de ter vivido.
Este feedback acontece e incluindo todos os personagens e fatos de nossa história, degustamos o presente, sorrindo, chorando e refletindo a vida, sua finitude e, por vezes, reformulamos objetivos.
Este turbilhão vai se acalmando com os presentes e abraços que trocamos e conseguimos viver este momento, paradoxalmente, felizes.
No centro a figura frágil, mas majestosa de Jesus Menino, para nos abrir caminhos para o bem, a solidariedade e a esperança.

Créditos: Miriam Cardoso de Souza