terça-feira, 27 de outubro de 2015

Mudando o foco

Texto de Dolores Berti



Falar em sentimentos seria tão fácil doá-los e tudo indica que temos um bloqueio inexplicável que nos leva a sonegar este gesto tão fraternal. Claro que podemos levantar várias hipóteses como gênese desta dificuldade : a educação, nossos medos de exposição, nosso auto cuidado em não passarmos por ridículos e vários outros. Parece que temos uma demanda interna que nos proíbe ver e verbalizar o que consideramos positivo nas pessoas e em nós mesmos porque procuramos logo os defeitos (que muitas vezes não são) . Pelo contrário os erros são nosso prato predileto. E assim vamos alimentando nosso masoquismo inato em encontrar prazer no negativo. O mundo, a mídia está repleta de notícias e episódios cruéis ressaltando a dor e o sofrimento. 
Tudo indica que nossa preferência pelo chocante é inata, pois até as crianças se escondem mas adoram a bruxa, o lobisomem, o vampiro e tudo o que é macabro. Negar a dor e o sofrimento, escondê-la não seria uma atitude correta, pois é uma contingência do estar no mundo, mas exacerbar e estimular como se observa no mundo de hoje não é salutar. 
Acho que movimentos como Doe Sentimentos Positivos têm objetivo de mudar este quadro, levantando a bandeira do que temos de melhor aproximando as pessoas pelo carinho, pelo gesto de fraternidade e pela palavra de conforto. Um olhar afetuoso, uma flor, um objeto simbolizando afeto, um elogio , um agradecimento, um colocar-se à disposição, uma mão que ampara, um colo que conforta, são atos simples, mas que oferecidos de forma autêntica e na hora certa podem mudar uma vida. 
É momento de alterar nosso olhar equilibrando as observações e a fala para eliminar o viés da derrota, do negativismo e da desesperança , então é possível acontecer uma real ajuda e crescimento mútuos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Síndrome de Burnout: quando o trabalho nos adoece



Texto: Tatiana Rocha Netto

Certo dia me deparei com um cansaço físico e mental muito além daquele que usualmente temos em certos períodos da vida.
Era um cansaço acompanhado de sintomas físicos, muita dor nas costas, fortes dores de cabeça, irritabilidade extrema, mau humor constante e dificuldade de memorizar dados. Tudo isso acompanhado de uma rigidez muscular impressionante.
Alimentava-me muito mal por não sentir fome, porém meu peso aumentava consideravelmente.
Procurei ajuda médica e psicoterapêutica (essa é fundamental). 
Diagnóstico: estava no caminho da Síndrome de Burnout.


O que é essa síndrome?

Os sintomas físicos podem ser: dores de cabeça, palpitações, alterações no sono, falta de ar, problemas digestivos, excesso de cansaço e dores musculares
Os sintomas psicológicos podem ser: ansiedade, dificuldade de concentração, isolamento, redução da motivação. Faltas constantes no trabalho podem advir desta situação.

Costumo dizer que uma espécie de sinal interno é acionado para que reorganizemos nossa estrutura de vida. Em muitos casos a medicação é necessária, mas antes de tomá-la optei por reestruturar toda minha vida. Isso aconteceu há três anos. Hoje o cenário é outro.
Deixei para trás a atividade laboral que muito me desgastava e isso foi uma das decisões mais assertivas que tomei. Iniciei novos hábitos em minha vida, tornando as atividades físicas uma constante e modifiquei muito minha alimentação. Adotei a técnica do mindfulness, que se mostrou altamente eficaz. Dediquei mais atenção aos amigos e projetos que geram prazer em minha vida.


Hoje meu trabalho está ótimo e cada dia melhor, pois faço o que me dá prazer sem ter que me preocupar com metas inatingíveis e o convívio com chefias desgastantes. Desenvolvo ações que movem muito meu potencial criativo. Atuo em meu consultório e sou uma empreendedora digital. Faço o que amo e o que me dá prazer.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Divórcio: Com quem fica o animal de estimação?



                                                   Divórcio: Com quem fica o animal de estimação?

                                                                                                            Texto por Miriam Cardoso de Souza

A família, cada vez mais, tem animais de estimação, esses dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2013, mas processadas e publicadas há alguns dias. De cada cem famílias, 44 criam animais domésticos. Contando os gatos e outros animais, o número sobe para cem milhões. Segundo o IBGE, as famílias brasileiras cuidam de 52 milhões de cães contra 45 milhões de crianças. E a tendência indica que haverá cada vez mais espaço nas casas para os animais.

                                                      Créditos Lucas S Fagundes

E, quando acontece a separação ou divórcio, com quem fica o  cachorrinho ou gatinho?
 O amor entre o casal acabou, define-se a guarda e a pensão alimentícia (quando tem filhos), divide-se o patrimônio, mas a paixão pelo animal de estimação não, tendo o casal feito um acordo de “guarda compartilhada” que envolvia dias de semana para um e final de semana para outro. Nesse caso houve acordo entre o casal.



                  
 
                             Créditos: Lucas S Fagundes

E, quando esse consenso não acontece, o que fazer? A disputa neste caso, obrigatoriamente, vai bater na porta da Justiça.
Já que não existe legislação especifica, a jurisprudência brasileira também não possui um entendimento unânime sobre esse assunto. Os animais são considerados como bens móveis pelo direito brasileiro. Dois aspectos serão avaliados na hora da decisão: a condição financeira e o RGA (Registro Geral Animal). Este diz que, se uma pessoa tem condições de criar o animal, e outra, não, aquela que tem ficará com a guarda, reservando ao outro o direito da visita.



                                                  Créditos: Miriam C de Souza

A não ser que os casais, na hora da adoção ou compra, definam através de um contrato onde especificam em uma clausula com quem ficará o animal de estimação no caso de separação. 
Pedidos de pensão alimentícia para animais não são muito comuns na Justiça, mas existem. O entendimento dos juízes tem sido o de que animais não têm direito à pensão alimentícia, porque esta só é devida a seres humanos. Nos raros casos existentes, fixam uma ajuda de custo mensal até a morte do bichinho.
Fica claro, aqui, que cada caso é um caso. E que a conciliação ainda é a melhor alternativa para o bichinho e o casal divorciando.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Outubro Rosa

Texto : Sandra Granetto

Outubro Rosa é um movimento internacional que visa ao estímulo à luta contra o câncer de mama. Essa ação iniciou-se em 1997, nos Estados Unidos, e foi ganhando o mundo como uma forma de conscientização  da importância de um diagnóstico precoce e de alerta para a grande quantidade de mortes relacionadas com essa doença.
O movimento que dura o mês inteiro busca alertar sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de câncer, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.
Durante o mês de Outubro, são organizadas várias ações que pretendem fortalecer a necessidade e a importância da prevenção para um diagnóstico precoce. Também são angariados fundos para pesquisas que estudam a causa, prevenção, diagnóstico, tratamento e cura do câncer de mama.
Outubro Rosa no Brasil:
A primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa, foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo-SP.
Essa iniciativa foi de um grupo de mulheres simpatizantes com a causa do câncer de mama, que com o apoio de uma conceituada empresa europeia de cosméticos iluminaram de rosa o Obelisco do Ibirapuera em alusão ao Outubro Rosa.
Em outubro de 2008, diversas entidades relacionadas ao câncer de mama iluminaram de rosa monumentos e prédios em suas respectivas cidades. Aos poucos o Brasil foi ficando iluminado em rosa em São Paulo-SP, Santos-SP, Rio de Janeiro-RJ, Porto Alegre-RS, Brasília-DF, Salvador-BA, Teresina-PI, Poços de Caldas-MG e outras cidades.
O Brasil é mundialmente conhecido pelo seu maior símbolo, a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro-RJ. E pela primeira vez, o Cristo Redentor ficou iluminado de rosa no Outubro Rosa.
Uma luta também de homens
Embora o movimento refira o câncer de mama especialmente em mulheres, há casos também deste tipo de câncer em homens. Para cada 99 casos somente um caso é de homem. Assim, além de chamar os homens para o necessário apoio ás mulheres que são detectadas com câncer de mama, é importante também eles cuidarem-se.
O símbolo da campanha é um laço rosa, que foi feito, inicialmente, pela Fundação Susan G. Komen e distribuído na primeira corrida pela cura do câncer de mama em 1990, na cidade de Nova Iorque. Esses laços rosas popularizaram-se e foram usados posteriormente para enfeitar locais públicos e outros eventos que lutavam por essa causa.