quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

♥ Alí no Moinhos, em Porto Alegre ♥

Texto: Isabel Fahrion

Break com a querida Suelen Manoel Debon na frente do atelier de flores Zuca Feijó, 
que eu adoro. Quase roubei o coração feito de folhas de Jiboia! Foto do Silas Abreu


Cresci no bairro Moinhos de Vento em Porto Alegre, na Felix da Cunha do lado da Dinarte

Ribeiro e da Padre Chagas. Conheço cada casa, cada árvore, cada esquina e sou apaixonada por tudo que tem lá. Os casarões antigos, as calçadas que ainda restaram feitas com pedras portuguesas, a praça Maurício Cardoso, as lojas, os pubs, bares e restaurantes.

O Moinhos é um luxo!

Cada vez que estou em Porto Alegre, dou uma fugida lá para ver o que tem de novo. Sempre encontro algum cantinho que ainda não conhecia, e aproveito para visitar lugares que adoro.  O Moinhos é um bairro super europeu, gostoso demais pra passear, comer, comprar, enfim, um dos oásis de Porto Alegre. Acabo de voltar de um shooting incrível que produzi por ali. A equipe ficou hospedada no Mercure da Miguel Tostes, hotel que eu super recomendo. Fica na frente da praça do DMAE, um pulinho até a calçada da fama. Chegamos um dia antes para organizar tudo, e enquanto escolhíamos aonde seriam as fotos, pensei em dividir com vocês algumas descobertas e lugares que eu amo.

Praça do DMAE.  Prédio histórico de Porto Algre, construído em 1927 e inspirado 
em Versalhes. Os jardins são lindos,  e a praça é aberta ao público. Essa vista 
maravilhosa é de uma das sacadas do Hotel Mercure
A descoberta desta vez foi um brechó queridérrimo, com marcas luxo tipo Chanel, Dior ou Armani. Quem me levou foi a minha amiga que eu adoro Flavia Silveira Martins, e garanto que vale muito a pena conhecer. Acessórios, bolsas, feminino, infantil e masculino; um pouquinho de tudo num dos casarões antigos da Dinarte Ribeiro. O tapetinho na entrada já diz tudo: um paraíso!!! 
Me Gusta Brechó, um mini paraíso. Flavinha foi de Chanel, e o Silas Abreu (fotógrafo que estava comigo) 

abandonou a câmera quando encontrou o canto de moda masculina. Calça da Gap e tênis Gucci. Impossível resistir 
a tudo de maravilhoso que encontramos lá! Na foto do centro, meu colar da Butler & Wilson... 
Ritualístico, mágico e chiquérrimo. O Me Gusta tem um cantinho só da B&W!


Daimu, o sushi da moda em Porto Alegre

O sushi da vez também fica na Dinarte . É o Daimu, um luxo! Autêntica cozinha japonesa em um lugar que virou moda. Do lado do Daimu, um hostel. Obah hostel bar,  vale muito a pena conhecer. Uma gracinha, me senti na Praia do Rosa. Mais um casarão super bem preservado. Fotografamos uma parte do editorial lá.  



Obah hostel bar, opção de hospedagem bacanérrima e
econômica no coração do Moinhos


Pensou light? Substância, o melhor da gastronomia 
mundial com pouquíssimas calorias

Vilaró Parrilla Lounge. A paleta de cordeiro é simplesmente divina. 
Na Fernando Gomes esquina com a Padre Chagas

Terminamos o shooting numa loja (ou galeria?) que eu amo na Félix da Cunha. Histórias na Garagem. Artistas, designers e artesãos do Brasil e do mundo afora expõem suas peças em um espaço que, quem ainda não conhece, precisa conhecer. Joias em prata, tecidos tramados, marchetaria em objetos de madeira, tudo é lindo!

Bancos carneiro, me apaixonei! Histórias na Garagem  
Histórias na Garagem. Fui conferir a coleção Sorveteria da 
estilista Vitória Cuervo. Deliciosamente chique

Vai pra Porto Alegre? Passa no Moinhos! Bem ali aonde a Dinarte Ribeiro, a Padre Chagas e a Félix da Cunha se cruzam. É ali que o meu coração mora.


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

#Selfie: moda ou exibicionismo?

Texto: Carolina Comim

A fotografia sempre esteve presente nas relações e, com as mídias sociais, passou a se mostrar como uma forma de elogiar, agradecer e registrar momentos. Estes que não são mais apenas de poucos, são de todos. Existem, acredito, as fotografias feitas apenas para registrar bons momentos, mas vemos também uma enxurrada de relações baseadas nas aparências das redes sociais.



Compartilho este vídeo que retrata um pouco como as relações, a fotografia e as mídias sociais influenciam no comportamento humano. O que importa hoje? Um final de semana feliz, ou um final de semana com boas imagens para compartilhar? Exibir essa falsa realidade pode trazer uma felicidade real?

As relações se tornam apenas aparência. O exibicionismo é visto como algo comum e, não fazer parte disso, é ser diferente. Onde esse narcisismo vai nos levar? Não vejo problemas em Selfies (adoro inclusive), mas na ânsia de exibir todo e qualquer momento, real ou não.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Perdas + ganhos = crescimento e evolução

Texto: Amélia Dolores Berti

Desde que nascemos até a velhice, passando pela infância, adolescência adultez, a vida nos obriga a abandonar vinculações mais profundas para entrar na etapa seguinte. Isto implica na elaboração dos lutos das perdas e satisfações pelos ganhos.

A situação se repete também na escolha do cônjuge. Inicialmente entramos numa simbiose que ninguém sabe bem quem é quem, semelhante à indiferenciação mãe/criança. Na paixão há um sentimento de unidade, tipo viver o outro dentro de si, assim como algo que nutre como o seio materno, embora isto aconteça muito a nível inconsciente. À medida que vamos convivendo, esta mistura de dois em um vai se dissipando e vamos enxergando o outro como ele é, bem como a nós mesmos com os nossos sentimentos mais verdadeiros e menos idealizados.

Daí para adiante começam as “surpresas” desagradáveis junto com sentimentos de desilusão que podem causar muitos conflitos, porém quando superados através da compreensão e amor a relação é reforçada  com vínculos mais genuínos e realistas.

Nasce o filho: aqui temos novamente ganhos com o prazer da maternidade e perdas relacionadas com o distanciamento do parceiro e até de si mesma. Freud fala da causa do medo de morrer ao parir causado pelo sentimento de anulação. Porém isto se dissipa logo ao se ter o filho no colo.

Segue a vida em família e até quando a surge a necessidade da quebra da convivência diária com a saída das crianças à escola, mais tarde com a universidade e por fim a “síndrome do ninho vazio”, onde o par conjugal com foco um no outro necessita reformular seus planos de vida.

Em toda esta trajetória, o que parece mais angustiante é a “revolução copérnica” que temos que fazer, primeiro deixando de ser a pessoa nutrida para aprender a nutrir,  depois voltar para nós mesmos e aprender a lidar melhor consigo. Então podemos perguntar: Qual o saldo desta trajetória? Estou satisfeita? Sinto-me gratificada? Valeu?

A resposta poderá sempre ser positiva depende de qualificarmos o que foi legal e dar um sentido ao que não foi, ele sempre existe, basta buscá-lo. Nosso coração e a mente têm subsídios para isto. Então teremos reservas para encontrar gosto pela vida, mesmo tendo passado por momentos difíceis por todas estas fases, pois elas sempre oportunizam grandes aprendizagens, lapidam nossas arestas, mudam nosso olhar para o futuro, apontam para ideais mais elevados. Com esta postura transcendente, abrem-se novos caminhos para novos vínculos  e novas realizações. 

A crença de que sempre é possível aliada à solidariedade garantirão este acontecer cada dia mais gratificante. 

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

27 coisas sobre ter 27 anos

Texto: Carolina Comim

Se tem uma coisa que todas as mulheres (as pessoas na verdade!) passam são crises de idade, e elas podem acontecer em qualquer momento.
O tempo passa e algumas ideias vão mudando e as prioridades se reorganizando. Pensando nisso, listei 27 coisas que percebi aos 27 anos.
E vocês, já passaram por isso? O que sentiram em outras fases da vida que consideram marcante?
Conte pra nós nos comentários!

1. Aquela saudade da escola que você achou que ia passar não passou e, pior, se misturou com a saudade da Faculdade.
2. Você começa a gostar de passar o sábado em casa e descobre que um vinho em boa companhia tem muito mais valor que uma badala.
3. Você começa a achar dores nas costas, nos ombros, até nos cabelo e se precisar usar óculos então (o que foi o meu caso), vai começar a se sentir uma idosa.
4. Você percebe que algumas pessoas que dizem que se importam com você na verdade não estão nem aí. A diferença é que agora você também não se importa mais com isso.
5. Você começa a ter menos tempo e mais sono. São muitas tarefas para 24 horas, mas também percebe que no fim consegue resolver tudo (ou quase tudo!).
6. Você percebe que passar com 7,5 em uma prova não é o fim do mundo e que as notas definitivamente não são um divisor entre os bons e maus profissionais.
7. Você deixa de ter medo de arriscar. A hora é agora e se nada der certo, você só tem 27 anos.
8. Você vê seu suado dinheirinho ir embora com contas, impostos e cada vez menos com roupas e balada e percebe que não adianta reclamar, agora você é um adulto.
9. Você definitivamente percebe que a pessoa perfeita não existe. Quer dizer, pode não ser como nos filmes, mas basta dar valor para as imperfeições para ver que para você o perfeito pode dormir ao lado
10. Família é tudo. Eles sempre te disseram isso, mas você se dá conta que realmente eles que estarão ao seu lado aconteça o que acontecer.
11. Você também percebe que seus pais não são super heróis, mas que da sua maneira, acreditam e te apoiam nas conquistas e até nas mancadas.
12. Ressaca é horrível e dura muito mais que algumas horas.
13. Se você já casou e se formou as pessoas vão começar a cobrar os filhos, mas você começa a se dar conta de algumas outras coisas de gostaria de fazer antes de ser mãe e, espera, você tem só 27 anos.
14. Reunir as antigas amigas é tão divertido quando há 10 anos e será ainda mais divertido nos próximos 10.
15. Você começa a cuidar, realmente, da sua saúde. Afinal, você já tem 27 anos!
16. Você passa a cuidar do seu dinheiro e cada centavo gasto com bobagem se transforma em culpa.
17. Você ouve as músicas que quiser quando quiser, e daí se te acharem cafona? Você não precisa provar nada pra ninguém.
18. Você passa a ter certeza que quem define quem são seus amigos é a vida e passa a ignorar as falsidades ao invés de querer brigar com elas.
19. Você passa a querer sua casa em ordem. Não tem mais quem arrume, então quanto menor a bagunça menor o trabalho para arrumar depois.
20. Você aprende a cozinhar e descobre que até pode ser divertido.
21. Você percebe que vale a pena estar com uma pessoa só que te complete e que você pode desabafar sobre a vida, do que com vários carinhas que você mal sabe o que querem da vida.
22. Você dá mais valor aos seus avós. Eles estão ficando mais velhos também, mais sem paciência e sem audição, mas você às vezes percebe que o tempo com eles pode ser curto e passa a valorizar cada café da tarde nessas companhias.
23. Você descobre que algumas máscaras caem, mas que da mesma forma outras pessoas podem te surpreender.
24. Você quer, mais do que nunca, fazer a diferença para alguém, nem que seja para o cachorrinho que você adotou.
25. Você sente mais frio e não está nem aí se precisa usar uma jaqueta feinha se ela te esquentar.
26. Você passa a ter contato com as pessoas basicamente por WhatsApp e não vê mal nenhum nisso. Eu amo as tecnologias!
27. Você não gosta quando te dizem que você tem quase 30. Não mesmo, você tem apenas 27!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Fototurismo: qual a sua importância?

Texto e fotos: Miriam Cardoso de Souza



O que é fototurismo?  É a fotografia direcionada a turistas: aquela que nos faz querer conhecer outros locais com paisagens diferentes daquelas que estamos habituados. Se moramos na serra, queremos conhecer o mar; se moramos em centros urbanos, queremos conhecer cidades pequenas de hábitos simples.

O apelo visual das fotografias que nos são mostradas na internet, nas agências de turismo, faz com que iniciemos a viagem no 
nosso subconsciente, antes mesmo de chegar ao destino. Foi o meu caso. Assim que vi fotografias da praia Cabo Polonio no Uruguai, uma hippie, fiquei curiosa. Por meio de algumas informações, fui conhecer o local; claro, atraída pelas belas paisagens naturais e também por ser frequentada por jovens mochileiros. O acesso ao povoado, que está localizado dentro do Parque Nacional do Cabo Polonio, só é possível através das dunas que o cercam, são aproximadamente seis km de dunas móveis. O trajeto tem duração 20 minutos e é realizado por caminhões 4x4, que partem do parque. O ticket custa 170 pesos uruguaios por pessoa, equivalente a R$ 21,00 (vinte e um reais), ida e volta.

A maioria dos mochileiros turistas levam sua alimentação e água, hostel é a hospedagem mais comum do local. 

As paisagens são deslumbrantes: o mar, com água morna e cristalina, convida os turistas a banharem-se. As casas mais parecem pequenos ranchos iguais aos dos filmes de faroeste, que encantam a todos. Sem falar sobre o farol (de 1881), que completa o cenário de uma das praias preferidas pelos jovens uruguaios. Não poderia deixar de falar nos Lobos-marinhos que vivem no cabo. Ali está uma das maiores concentrações destes animais.

Outro fato despertou a minha curiosidade: ao chegar à praia, saindo das dunas, vi uma placa que dizia: “Permitido banhar-se- sem roupas”, imaginei na hora que era um local despido de preconceitos. E era. Ao continuar a minha caminhada fotográfica, encontrei jovens praticando topless com a maior naturalidade, sendo estas imagens capturadas somente pela retina e as demais, pelas lentes. Espero que gostem dos registros que lá fiz.



Minha próxima postagem será sobre a beleza da Casa Pueblo, em Punta Balennas, também no Uruguai.

Para acessar mais fotos, clique aqui!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Fotografia como terapia de apoio contra a depressão


Texto: Miriam Cardoso de Souza


Créditos: Miriam Cardoso de Souza
A maioria dos terapeutas, além da terapia, indicam aos seus pacientes uma atividade que gostem de praticar, podendo ser exercícios físicos, assim como adotar um bichinho de estimação ou ter um hobby.  Aqui entra a Arte em todos os seus segmentos. Escolhi a fotografia para falar hoje.
Certamente você já ouviu a seguinte frase: “Nossa, passo todo dia aqui e nunca vi esses detalhes”, referindo-se a uma vitrine, a uma construção, a uma planta, etc. Através da fotografia, o nosso senso de observação fica mais aguçado, mais latente, bem como nosso senso crítico e estético.
A depressão afeta todas as faixas etárias. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), calcula-se que há mais de cem milhões de pessoas deprimidas no mundo. O número é assustador? O ideal é aliar a terapia à Arte. E por que não, à Arte da Fotografia? 



Créditos: Miriam Cardoso de Souza
Por que a fotografia? Com ela começamos a interagir com outras pessoas que têm o mesmo interesse, prestamos mais atenção em tudo que nos cerca, descobrimos outro mundo, onde podemos expressar nossas emoções. Costumo dizer que a fotografia agrega e muito. Ela relaxa, e as pessoas não costumam ver o tempo passar; quando estão fotografando, descobrem outro mundo: um mundo cheio de luz, cores e detalhes que antes passava despercebido devido ao corre-corre do dia a dia.


Outro fator que deve ser levado em conta nesse assunto é que, para começar a fotografar, não há a necessidade de grandes gastos; basta ter um celular, aparelho este presente no cotidiano de todos nós. Lógico que, à medida que o interesse vai aumentando, surgirá a necessidade de adquirir uma máquina compacta e, futuramente, para aqueles que desejam aprimorar o olhar, um equipamento com mais recursos. Nunca esquecendo que não é o equipamento que vai fazer a diferença na hora de fotografar, mas sim o olhar. Ah, este é essencial e único. E como desenvolver esse olhar? Fotografando muito, exercitando-se, nem que seja uma fotografia por dia.
Créditos: Miriam Cardoso de Souza


A fotografia é um universo rico, pode-se optar em fotografar pessoas, fazendo os retratos ou selfies, paisagens, macros ou o minimundo, como gosto de chamar. Pode-se exibir os registros nas redes sociais com outra estética, onde seus amigos irão dizer: “Nossa, que fotografia linda, foi você quem fez”? Isso vai fazer com que a autoestima melhore e muito.

Chega de conversa, vamos pegar o celular, a compacta ou outro equipamento e vamos para as ruas com amigos fotografar; vamos pintar com a luz, vamos mudar nosso ponto de vista sobre tudo e todos.


E, para exemplificar, trago a reportagem de uma fotógrafa de São Paulo que venceu a depressão, quando conheceu a fotografia; hoje está fazendo sucesso.


Viva a fotografia, alimento para a alma!