quarta-feira, 19 de novembro de 2014

10 coisas que toda mulher sem filhos já ouviu

Ninguém mais se surpreende ao conhecer uma mulher que optou por não ter filhos. Será mesmo? Apesar de pesquisas mostrarem que os casais que fazem a opção pela vida sem descendentes são cada vez mais numerosos, declarar que não se deseja filhos ainda pode ser bastante desconfortável. Expectativas, padrões, crenças, enfim, as razões para isso podem variar. O que não muda mesmo é o constrangimento de quem se sente interpelado e até agredido pelos interlocutores que insistem em afirmar o quão errada consideram essa decisão.

Tomar consciência de que filhos não estão entre os sonhos e os planos da mulher já é tarefa bastante difícil e dolorida. Desde pequenas somos estimuladas a ter o tal instinto materno: brincamos de boneca, de casinha, de mamãe… Logo, aceitar que esse instinto não faz parte da nossa personalidade e que não desejamos corresponder àquele formato não é lá muito simples. O tempo é outro fator cruel, nesses casos. O sistema reprodutor feminino tem prazo de validade e pode ser implacável. Esperar demais para enfrentar uma gestação pode representar riscos ou simplesmente inviabilizar a maternidade. É preciso decidir se queremos ou não filhos até certa idade. Depois, nosso corpo é quem decide por nós, independente da nossa vontade.

Como se não bastasse todas as dúvidas e riscos que envolvem esse processo de tomada de decisão, ainda é preciso enfrentar quem acredita ter a fórmula da felicidade – com filhos, é claro. Para dificultar ainda mais a vida de quem está confusa ou simplesmente acostumando-se à ideia de que não pensa como sua mãe ou amigas, tem sempre algum membro da patrulha pró-filhos para encher a cabeça da pobre alma de regras, julgamentos e até descortesias.



Tudo isso em nome de que? De um comportamento socialmente aceito, que diz que todos os casais devem procriar? De uma suposta felicidade da qual a renunciante aos rebentos estaria abrindo mão? Ou em nome de uma necessidade de afirmação por parte dos pais e mães que, por escolha própria ou falta de opção, já fazem parte do time da “família grande” e precisam, então, ver sua escolha replicada em outros, para ter realmente certeza de que ela foi tomada corretamente?

Felizmente, a patrulha tem cada vez menos membros. Muitas pessoas gentis, educadas e bem resolvidas perceberam a indelicadeza deste comportamento e abandonaram de vez as trincheiras, relegando este tema ao que ele realmente é: uma escolha pessoal, intransferível e que em nada vai interferir na vida de outros que não sejam apenas o casal.

Para quem decidiu não ter filhos, porém, ainda há muito julgamento a enfrentar. Sabendo disso, Donna preparou uma lista das principais frases que as mulheres não-mães mais escutam por conta de sua escolha. Em solidariedade a elas – e como uma espécie de recado aos membros da patrulha.




Cada mulher conquista o seu mundo, do seu jeito. Com ou sem filhos.


1 – Você diz isso agora, mas vai mudar de ideia quando tiver os seus filhos.
2 – Só quando se tem filhos é que se descobre o amor verdadeiro.
3 – No lugar de cuidar de cachorro (ou gato), vá ter um filho!
4 – Mas já pensou quem vai te cuidar na velhice?
5 – Você está sendo egoísta.
6 – Ter filhos foi a melhor decisão que eu já tomei.
7 – Você vai se arrepender depois, quando estiver mais velha.
8 – Você só se torna mulher de verdade, com verdadeiras responsabilidades, quando você é mãe.
9 – Então você não gosta de crianças.
10 – Seu marido vai querer filhos e vai procurar outra para isso.




Fonte: Revista Donna

2 comentários:

  1. Excelente assunto a ser discutido. Certamente os impactos dessa definição, ou opção aparecem sócio-economicamente falando. É algo contemporâneo e que deve ser imediatamente e amplamente discutido. Parabéns pelo compartilhamento do post.

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