quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Reposição Hormonal na Menopausa : prós e contras


Texto de Sandra Granetto


Menopausa é o período fisiológico após a última menstruação espontânea da mulher. Nesse espaço de tempo estão sendo encerrados os ciclos menstruais e ovulatórios. O início da menopausa só pode ser considerado após um ano do último fluxo menstrual, uma vez que, durante esse intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente, menstruar.
Esse tempo de transição que antecede a menopausa é chamado de climatério. Ele representa a passagem da fase reprodutiva da mulher para a não reprodutiva. O organismo deixa de produzir, de forma lenta e gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona.



Muitos podem ser os sintomas indesejáveis quando as mulheres entram na menopausa, nesta fase de transição, surgem as ondas de calor, alterações no humor, na pele e nos cabelos, redução da libido entre outras mudanças desconfortáveis que podem afetar a qualidade de vida da mulher.  



Manter uma alimentação balanceada, atividade física regular e hábitos saudáveis são aliados importantes que ajudam, e muito, a minimizar os sintomas desagradáveis desta fase.

Entretanto, algumas vezes as mudanças de hábitos nem sempre são suficientes. E, nestes casos, o tratamento à base de hormônios também pode ser necessário como forma de ajudar a mulher a enfrentar com mais saúde o período da menopausa, que deve ser encarado com naturalidade. Apesar da possibilidade de benefícios, esse tipo de tratamento ainda gera dúvidas.




A reposição oferece o benefício de reduzir os incômodos provocados pela diminuição hormonal e, ainda, de prevenir doenças, como a osteoporose (o estrógeno ajuda a fixar o cálcio nos ossos e, quando é reduzido devido à menopausa, as mulheres ficam mais sujeitas à osteoporose). 


A deficiência hormonal afeta o sistema cardiovascular porque o estrógeno atua na proteção do coração e no tecido gorduroso. Algumas mudanças no estilo de vida ajudam não apenas a controlar os sintomas da menopausa, como também a afastar os riscos cardiovasculares. Estão nesta lista: evitar o tabagismo e o abuso do álcool, aumentar o consumo de fibras e cálcio, evitar o sal em excesso e realizar atividades físicas.    



Para os casos em que a reposição hormonal seja necessária, a paciente pode fazer por meio de terapias naturais (extraídas de substâncias animais) ou sintéticas (produzidas em laboratórios, a partir de substâncias químicas que “imitam” os hormônios naturais).A administração do hormônio pode ser através de comprimidos, implantes  e gel.



Os casos em que a terapia hormonal não é indicada, são aqueles em quem a paciente sofra de um câncer de mama, quadro de trombose, doenças cardíacas prévias e doenças do fígado.  Por isso a análise individual é tão importante para esta avaliação.


A droga flibanserin (nome comercial Addyi), que tem o objetivo de tratar o transtorno de desejo sexual hipoativo em mulheres (TDSH) foi liberada para venda comercial nos EUA , este mês . O remédio é conhecido como "viagra feminino". Esta é a primeira pílula no mercado destinada a aumentar a libido da mulher. 



O medicamento é um agente não-hormonal, que atua nos neurotransmissores do cérebro para tratar a perda do interesse sexual, regulando por exemplo o humor. A pilula cor de rosa atua de forma a aumentar a liberação de dopamina, composto associado ao prazer e excitação, e reduzir a quantidade de serotonina, relacionada a diminuição do interesse  sexual.Mas a droga pode produzir efeitos colaterais importantes, como náuseas(9%), tonturas (11%),sonolência(10%), queda da pressão arterial e desmaios. O novo remédio pode ser útil para uma parcela das mulheres, mas com certeza não sera uma só pílula que vai  servir para melhorar o desejo de todas .A droga ainda não esta  em venda regular no Brasil.





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