terça-feira, 1 de setembro de 2015

Nomofobia: corro este risco?

Texto: Psicóloga Tatiana Rocha Netto


O termo fobia deriva de Phobos, deusa grega do medo. A fobia é o medo patológico, relacionado a situações ou mesmo objetos que parecem inofensivos para alguns, mas são temíveis para outros. O medo pode ser percebido mesmo por quem o sente, como algo irracional, mas ainda assim ele ocorre. A fobia é acompanhada da ansiedade e isso a torna uma patologia.

Em 2008, no Reino Unido, se escutou pela primeira vez o termo Nomofobia, que deriva da terminologia “no mobile fobia”. Ela foi usada para definir o que se passa com as pessoas que possuem pavor de ficarem sem acesso a seus celulares.

Os números desta fobia têm crescido. Estudos apontam sua presença em maior quantidade no público feminino e que quanto mais jovem se é, maior a possibilidade de um indivíduo ser acometido pela nomofobia. Estas pessoas podem apresentar sintomas como ansiedade, agitação, irritação, insônia, aumento ou perda de peso. Dois indicadores caracterizam esse transtorno: o tempo que a pessoa fica conectada ao seu celular e o grau de afastamento que ela desenvolve em relação a amigos e família.

Alguns indivíduos conseguem se recuperar com a simples identificação de seu quadro, seguido pelo desejo de abandoná-lo. Outros possuem um vínculo muito forte com o celular e necessitam de auxílio profissional qualificado (psicólogo ou psiquiatra).
Alguns indicadores de que o indivíduo pode estar desenvolvendo a nomofobia são:
Olhar excessivamente para o celular.
Enquanto está em companhia de pessoas, dá mais atenção ao smartphone do que às presenças físicas.
Prefere trocar informações online ao invés de fazê-lo presencialmente.
Eleva a ansiedade caso esqueça o telefone em algum lugar.
A ansiedade aumenta quando o nível de bateria do aparelho reduz e existe a eminência de ficar desconectado.
Não consegue receber uma mensagem e não conferi-la instantaneamente.

A rapidez das telecomunicações é benéfica, mas pode gerar novas disfunções psicológicas. É importante estarmos devidamente estruturados para que não façamos mau uso da tecnologia. Fique atento e utilize seu celular como um aliado para tarefas cotidianas, sem cair na armadilha do vício.

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