quarta-feira, 25 de março de 2015

O que aprendi sobre liderança

Texto: Tati Rocha Netto




Sempre pensei na questão da liderança, ou mais especificamente, os problemas de uma liderança em dois opostos muito claros: ou se é boazinha e complacente na função de líder ou se é a megera, a bruxa má, quase como numa história infantil. Evidentemente, o ideal se encontra no meio destes dois extremos. Hoje compartilharei algumas experiências que vivi neste sentido.

A liderança exerce um fascínio e pode ser desenvolvida por todos ao longo do tempo, por meio de erros e acertos. Mas para que isso ocorra é fundamental saber escutar, muitas vezes mais do que falar. Embora as pessoas esperem de um líder uma opinião formada sobre tudo, às vezes ele pode simplesmente não tê-la ou preferir não emiti-la quando julga ser a postura adequada.

Como líderes temos que ser o mais assertivos quanto for possível. Isso não é fácil, pois falar a coisa certa, na hora certa, para a pessoa certa requer uma habilidade e tanto. Mas como a assertividade é treino, diariamente vamos aprendendo um pouco mais.

Aprendi que às vezes temos que tomar decisões que não agradarão a todos. Alguns confundirão uma decisão tomada com a pessoa que somos, julgando-nos perversos ou insensíveis e projetando sentimentos muito desagradáveis. Infelizmente, este é um dos ônus do papel do líder. É preciso arcar com ele.

Aprendi que muitas vezes estamos sendo observados e que passamos a ser exemplo para algumas pessoas, sem que nos consideremos modelos para isto. As expectativas em relação a um líder podem ser muito grandes, por vezes gerando insatisfação ou desilusões.

Aprendi que ser líder não é estar em primeiro lugar ou evidência, mas dar a segurança necessária para as definições do grupo. Muitas vezes a liderança está nos bastidores. No entanto, mesmo com o apoio de um grupo, algumas decisões são tomadas de forma solitária.

Aprendi que manter a coesão de um grupo não é tarefa simples. Trata-se de um malabarismo diário. Lida-se com egos, vaidades, conflitos, desafios, metas e todo o tipo de sentimentos, pensamentos, comportamentos.

Mas, acima de tudo, aprendi que a liderança é um atributo fascinante, que pode ser constantemente aperfeiçoado. E atrevo-me a dizer que ela é também uma opção de vida, seja no âmbito pessoal, familiar ou corporativo.

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