Sempre pensei na questão da liderança, ou mais especificamente,
os problemas de uma liderança em dois opostos muito claros: ou se é boazinha e
complacente na função de líder ou se é a megera, a bruxa má, quase como numa
história infantil. Evidentemente, o ideal se encontra no meio destes dois
extremos. Hoje compartilharei algumas experiências que vivi neste sentido.
A liderança exerce um fascínio e pode ser desenvolvida por
todos ao longo do tempo, por meio de erros e acertos. Mas para que isso ocorra
é fundamental saber escutar, muitas vezes mais do que falar. Embora as pessoas
esperem de um líder uma opinião formada sobre tudo, às vezes ele pode
simplesmente não tê-la ou preferir não emiti-la quando julga ser a postura
adequada.
Como líderes temos que ser o mais assertivos quanto for possível.
Isso não é fácil, pois falar a coisa certa, na hora certa, para a pessoa certa requer
uma habilidade e tanto. Mas como a assertividade é treino, diariamente vamos
aprendendo um pouco mais.
Aprendi que às vezes temos que tomar decisões que não agradarão
a todos. Alguns confundirão uma decisão tomada com a pessoa que somos, julgando-nos
perversos ou insensíveis e projetando sentimentos muito desagradáveis.
Infelizmente, este é um dos ônus do papel do líder. É preciso arcar com ele.
Aprendi que muitas vezes estamos sendo observados e que passamos
a ser exemplo para algumas pessoas, sem que nos consideremos modelos para isto.
As expectativas em relação a um líder podem ser muito grandes, por vezes gerando
insatisfação ou desilusões.
Aprendi que ser líder não é estar em primeiro lugar ou evidência,
mas dar a segurança necessária para as definições do grupo. Muitas vezes a liderança
está nos bastidores. No entanto, mesmo com o apoio de um grupo, algumas
decisões são tomadas de forma solitária.
Aprendi que manter a coesão de um grupo não é tarefa simples.
Trata-se de um malabarismo diário. Lida-se com egos, vaidades, conflitos,
desafios, metas e todo o tipo de sentimentos, pensamentos, comportamentos.
Mas, acima de tudo, aprendi que a liderança é um atributo
fascinante, que pode ser constantemente aperfeiçoado. E atrevo-me a dizer que
ela é também uma opção de vida, seja no âmbito pessoal, familiar ou
corporativo.
Parabéns Tatiana!
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