Texto: Psicóloga Tatiana Rocha Netto
O termo fobia
deriva de Phobos, deusa grega do medo. A fobia é o medo patológico, relacionado
a situações ou mesmo objetos que parecem inofensivos para alguns, mas são temíveis
para outros. O medo pode ser percebido mesmo por quem o sente, como algo
irracional, mas ainda assim ele ocorre. A fobia é acompanhada da ansiedade e
isso a torna uma patologia.
Em
2008, no Reino Unido, se escutou pela primeira vez o termo Nomofobia, que
deriva da terminologia “no mobile fobia”. Ela foi usada para definir o que se
passa com as pessoas que possuem pavor de ficarem sem acesso a seus celulares.
Os
números desta fobia têm crescido. Estudos apontam sua presença em maior quantidade
no público feminino e que quanto mais jovem se é, maior a possibilidade de um
indivíduo ser acometido pela nomofobia. Estas pessoas podem apresentar sintomas
como ansiedade, agitação, irritação, insônia, aumento ou perda de peso. Dois
indicadores caracterizam esse transtorno: o tempo que a pessoa fica conectada ao
seu celular e o grau de afastamento que ela desenvolve em relação a amigos e
família.
Alguns indivíduos conseguem se recuperar
com a simples identificação de seu quadro, seguido pelo desejo de abandoná-lo. Outros
possuem um vínculo muito forte com o celular e necessitam de auxílio
profissional qualificado (psicólogo ou psiquiatra).
Alguns indicadores de que o indivíduo
pode estar desenvolvendo a nomofobia são:
Olhar excessivamente para o celular.
Enquanto está em companhia de pessoas,
dá mais atenção ao smartphone do que às presenças físicas.
Prefere trocar informações online ao
invés de fazê-lo presencialmente.
Eleva a ansiedade caso esqueça o
telefone em algum lugar.
A ansiedade aumenta quando o nível de
bateria do aparelho reduz e existe a eminência de ficar desconectado.
Não consegue receber uma mensagem e não conferi-la instantaneamente.
A rapidez das telecomunicações é benéfica, mas pode gerar novas disfunções
psicológicas. É importante estarmos devidamente estruturados para que não façamos
mau uso da tecnologia. Fique atento e utilize seu celular como um aliado para
tarefas cotidianas, sem cair na armadilha do vício.
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