Texto de Sandra Granetto
Menopausa é o período fisiológico após a última
menstruação espontânea da mulher. Nesse espaço de tempo estão sendo encerrados
os ciclos menstruais e ovulatórios. O início da menopausa só pode ser
considerado após um ano do último fluxo menstrual, uma vez que, durante esse
intervalo, a mulher ainda pode, ocasionalmente, menstruar.
Esse tempo de transição que antecede a menopausa é
chamado de climatério. Ele representa a passagem da fase reprodutiva da mulher
para a não reprodutiva. O organismo deixa de produzir, de forma lenta e
gradativa, os hormônios estrogênio e progesterona.
Muitos podem ser os sintomas indesejáveis quando as mulheres entram na
menopausa, nesta fase de transição, surgem as ondas de calor, alterações no
humor, na pele e nos cabelos, redução da libido entre outras mudanças
desconfortáveis que podem afetar a qualidade de vida da mulher.
Manter uma alimentação balanceada, atividade física regular e hábitos saudáveis
são aliados importantes que ajudam, e muito, a minimizar os sintomas desagradáveis
desta fase.
Entretanto,
algumas vezes as mudanças de hábitos nem sempre são suficientes. E, nestes
casos, o tratamento à base de hormônios também pode ser necessário como forma
de ajudar a mulher a enfrentar com mais saúde o período da menopausa, que deve
ser encarado com naturalidade. Apesar da possibilidade de benefícios, esse tipo
de tratamento ainda gera dúvidas.
A reposição oferece o benefício de reduzir os incômodos provocados pela
diminuição hormonal e, ainda, de prevenir doenças, como a osteoporose (o
estrógeno ajuda a fixar o cálcio nos ossos e, quando é reduzido devido à
menopausa, as mulheres ficam mais sujeitas à osteoporose).
A deficiência hormonal afeta o sistema cardiovascular porque o estrógeno atua
na proteção do coração e no tecido gorduroso. Algumas mudanças no estilo de
vida ajudam não apenas a controlar os sintomas da menopausa, como também a
afastar os riscos cardiovasculares. Estão nesta lista: evitar o tabagismo e o
abuso do álcool, aumentar o consumo de fibras e cálcio, evitar o sal em excesso
e realizar atividades físicas.
Para os casos em que a reposição hormonal seja necessária, a paciente pode
fazer por meio de terapias naturais (extraídas de substâncias animais) ou
sintéticas (produzidas em laboratórios, a partir de substâncias químicas que
“imitam” os hormônios naturais).A administração do hormônio pode ser através de
comprimidos, implantes e gel.
Os casos em que a terapia hormonal não é indicada, são aqueles em quem a
paciente sofra de um câncer de mama, quadro de trombose, doenças cardíacas
prévias e doenças do fígado. Por isso a análise individual é tão
importante para esta avaliação.
A droga flibanserin (nome comercial Addyi), que tem
o objetivo de tratar o transtorno de desejo sexual hipoativo em mulheres (TDSH)
foi liberada para venda comercial nos EUA , este mês . O remédio é conhecido
como "viagra feminino". Esta é a primeira pílula no mercado destinada
a aumentar a libido da mulher.
O medicamento é um agente não-hormonal, que atua
nos neurotransmissores do cérebro para tratar a perda do interesse sexual, regulando por exemplo o humor. A pilula cor de rosa atua de forma a aumentar a liberação de dopamina, composto associado ao prazer e excitação, e reduzir a quantidade de serotonina, relacionada a diminuição do interesse sexual.Mas
a droga pode produzir efeitos colaterais importantes, como náuseas(9%), tonturas (11%),sonolência(10%),
queda da pressão arterial e desmaios. O novo remédio pode ser útil para uma parcela das mulheres, mas com certeza não sera uma só pílula que vai servir para melhorar o desejo de todas .A droga ainda não esta em venda regular no Brasil.